Passam ranchos de abalada
A caminho do tear
Numa alegre chilreada
É Tortosendo a passar.
Terra de trabalho e cor
E de gaiatas morenas
A tecer teias de amor
Em urdiduras de penas
Tortosendo bela terra
Sempre airosa e prezenteira
Encostado à beira serra
No lindo Rincão da Beira.
Tem o Zêzere a seus pés
A beijar os salgueirais
Onde as Marias e os Zés
Vão trocar seus madriguais.
No dia da romaria
Senhora da Oliveira
Toda a gente rodopia
No bailarico da Feira.
Há foguetes a estalar
Pinga a sardinha na broa
E o povo põe-se a cantar
Tortosendo é terra boa.
(letra de José Apolinário Ramos)